quinta-feira, 29 de maio de 2014

A mãe do fogo

  Morávamos em uma pequena cidade, com aproximadamente 8 mil habitantes, ruas estreitas e casa coloniais. Como transporte usávamos uma velha jardineira, alguns até possuíam suas próprias carroças para se locomover, a cidade parou no tempo.
  Como todas cidades pequenas de interior tínhamos muitas histórias sobrenaturais, que ficavam apenas entre a população. Certa noite  fui visitar minha tia que estava adoentada, ficamos conversando, quando percebi que já era tarde sai apressada em direção a minha casa.
  Quando vi uma bola de fogo vindo em minha direção, hora vinha hora voltava, parei para observar o que era. Ouvi minha mãe gritando para eu correr,corri até alcançar minha casa, assim que entrei o fogo passou. Saímos para ver onde ia, ela seguia em direção a montanha, vimos um grande clarão. No dia seguinte uma grande área do capim estava queimada, no local da explosão nenhum tipo de planta nasceu mais.
 Após superar esse susto tivemos a notícia de outro acontecimento que se assemelha a esse. Um pescador regional, Sr. Rafael, certa noite foi a sua pescaria rotineira e avistou a mesma bola de fogo que eu já tinha visto com meus próprios olhos e tive a sorte de sair ilesa. Por sua idade avançada ele não conseguiu se afastar à tempo, e teve parte das suas costas e braços queimados, depois de ser socorrido o velho pescador se recuperou, mas levou para sempre na pele e na memória (assim como eu) a marca deste fenômeno pouco conhecido e inexplicado, a mãe do fogo.Resultado de imagem para bola de fogo

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

florzinha

  Meu pai era um aventureiro, por isso nos mudávamos sempre, não permanecia muito tempo no mesmo lugar. Fomos morar em um arraial no sul. A paisagem era um verdadeiro espetáculo da natureza, várias fontes de água cristalina que descia a encosta. Toda tarde chegava a jardineira, trazendo passageiros que pernoitavam na pequena hospedaria do lugar, para seguir viagem na manhã seguinte. O motorista era um senhor alto e magro chamado Luduvico, usava um cap azul escuro com letras amarelas escrito "chofer", e demonstrava ter muito orgulho de sua função, mas não se arriscava a subir a serra durante a noite.                                                                                                                                   O arraial era dividido por duas montanhas, formando um caminho entre elas onde passava a estrada. Se dividia em duas partes, uma atrás da montanha onde ficava o comercio, outra na frente onde havia casas de madeiras. Fomos bem recebidos pelos novos vizinhos, senhor Adão nos contou sobre florzinha. Recebia esse nome porque não gostava de ser chamada de caipora, quando isso acontecia afugentava os peixes do rio.                                                                     Apos alguns dias morando no local, houve uma festa  do outo lado da estrada. Ao final do festejo todos voltavam em grupo mas um homem ficou pra trás conversando com alguns amigos. Quando ia embora sugeriram a ele não ir, pois aquela hora a florzinha já estava na estrada, o homem não acreditou e pegou o caminho para casa. Ao amanhecer um viajante chegou com o homem machucado e disse que tinha o encontrado na estrada. Perguntamos o que tinha acontecido ele disse que tinha sido florzinha, não acreditamos mas ficamos calados.                       Uma vez por semana as mulheres reuniam se para buscar lenha, eu acompanhava minha mãe para ajuda-la. As mulheres pediram licença a florzinha para poder entrar na mata e jogaram água de flor de laranjeira para agrada-la. Depois desse ritual elas se sentaram no chão e comeram a conversar. Minha mãe perguntou a uma delas o que estávamos aguardando, ela respondeu que estávamos esperando a resposta de florzinha.                                                                          Cansadas de esperar entramos na mata para pegar lenha, tivemos dificuldade para andar pois a terra era repleta de cipos. De repente ouvimos um assobio fino e longo e vimos algo correndo entre as árvores. As mulheres levantaram-se, pegaram a lenha e foram embora. Não conseguimos achar a lenha então voltamos para casa, comentamos o ocorrido ao senhor Adão. Ele nos disse que tivemos sorte porque florzinha não bate em mulher.                                           No dia seguinte, um caminhão apos passar em um buraco, derrubou lenha em frente da nossa casa, nos disseram que tinha sido enviado por florzinha. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A promessa


  A algum tempo atrás  aconteceu uma mudança climática,e houve um longo estio, as plantações de feijão milho e outras,não resistindo começarão a perder suas flores. A terra estava muito seca e as plantas morrendo,por falta  de água , longe dali tinha uma capela a beira da estrada, resolverão então fazer uma promessa todos os dias iam até la levando garrafas com água para molhar a capela.A fé era tanta que voltavam olhando para o céu azul apontando uma pequena nuvem. Eu não aguentava mais aquela caminhada todos os dias, no sol escaldante.As roças não existiam mais, a pequena mina que abastecia a colonia secou, passamos a fazer uso da  água do rio que também já estava a baixo do nível. As idas a capela não foram ente rompidas, já preparavam a terra para a próxima plantação. Esse ano não teve colheita, passamos a comprar os alimentos no povoado. Até ter uma nova ideia pegar as imagens que tinham em suas casas  e lava-las no rio. No dia seguinte la estavam eles, lavando os santos no rio. Em seguida iam para a capela.Não aguentava mais, olhava para o céu para ver  se havia alguma nuvem, mais continuava  azul .certa noite sentimos uma briza era bom sinal, ventou toda noite e no dia seguinte o sol estava muito quente de repente as nuvens começarão a escurece, começou o corre corre para prender os animais. O capataz gritava "rápido rápido, tromba d'água". O sino do casarão começou  a tocar  todos correrão para lá era o único lugar seguro.O dia escureceu caiu muita chuva, raios, trovoes e granizo. Quando passou a chuva a visão era de total destruição, animais morto, casas  destelhadas e arvores no chão.Em poucos dias tudo estava  no lugar. Voltando tudo ao normal,  então começarão a se culpar por terem lavado os santos.